Gosto de desafios, de caminhos novos.
Gosto de não ter medo.
Gosto deste novo cd do Chico Buarque.
Gosto de praia com pouca gente.
Gosto de acrescentar items à "lista de livros que quero ler um dia".
Este, este e este.
Gosto de descobrir fotografias mesmo sem máquina fotografica por perto.
Gosto de andar de bicicleta ao fim do dia.
Abrir a portas a ideias.
Apetece-me organizar e replantar a minha horta na varanda que secou toda nas nossas férias. Ando a recolher ideias.
Quero desenhar um móvel para a cozinha.
Preciso escolher fotografias para pôr numas molduras que estão a envelhecer ainda embaladas.
Mas parece-me que os dias deviam sempre ter mais horas...!
Gosto de dias grandes, de jantar ainda de dia.
Gosto deste livro que devorei em 3 noites.
Gosto deste filme porque faz sonhar.
Gosto de melão aos cubinhos em frente ao computador.
Gosto quando tudo e todos regressam ao seus lugares.
Gosto deste artigo e desta fotografia.
Gosto de ir trabalhar cedo, de aproveitar o dia!
Acho que Veneza é a cidade mais fotogénica que já fotografei.
Parece haver uma boa foto em casa esquina. Apetece fotografar todos os detalhes, as pontes, os canais, o movimento.
Apetece ficar por ali, contemplar o Grande Canal, apreciar o vai-vem das gôndolas, saborear palavras desconhecidas, estradas feitas água, ver os reflexos da luz na água que está mesmo por todo o lado, descobrir como se combinam tão bem as cores das casas...
Gostei muito de Veneza. Sobretudo ao anoitecer, mais vazia, mais bela.
Senti-a como uma cidade com a alma roubada pelo frenesim turístico.
Não vi a vida autêntica que se desenrola na cidade. Quase que não vi os habitantes de Veneza. Parece às vezes um cenário montado para que alguém o veja.
Mas assim mesmo não deixa de ter uma atmosfera de magia, de romance. E entendi finalmente porque tantos filmes, tantos livros, tantos fotógrafos a retratam. A luz é esplêndida e as cores lindas!
Ficámos mais do que o planeado porque a cidade nos cativou. Verona é feita de charme, de beleza em cada detalhe, antiga sem ser necessariamente velha, plana e deliciosamente ciclável. O parque de campismo tem uma paisagem soberba sobre a cidade e um terraço onde me soube tão bem descansar... Choveu e fez muito sol depois. Não encontrámos nem a Julieta nem o Romeu, mas muitos amores selados a cadeado. Verona é muito bonita e ficava ainda mais com menos turistas!
Verona é colorida, encaixada entre o rio e as colinas, cheia de ruas pitorescas, de praças, de esplanadas em cada recanto. É quase labiríntica. E fica para nos deixar sorrir o memorável momento em que sem nos darmos conta atravessámos de bicicleta o que deveria ser um jantar volante... Nós ali no meio de imensa gente, tabuleiros de bebidas e canapés e... sem termos sido convidados.
Mesmo antes do anoitecer a luz torna-se dourada, bonita, especial.
O mar atrás da vedação é de Argèles-sur-mer.
E visto daqui parece que já tenho saudades...
«
Num dia excessivamente nítido,
Dia em que dava a vontade de ter trabalhado muito
Para nele não trabalhar nada,
Entrevi, como uma estrada por entre as árvores,
O que talvez seja o Grande Segredo,
Aquele Grande Mistério de que os poetas falsos falam.
Vi que não há Natureza,
Que Natureza não existe,
Que há montes, vales, planícies,
Que há árvores, flores, ervas,
Que há rios e pedras,
Mas que não há um todo a que isso pertença,
Que um conjunto real e verdadeiro
É uma doença das nossas ideias.
A Natureza é partes sem um todo.
Isto é talvez o tal mistério de que falam.
Foi isto o que sem pensar nem parar,
Acertei que devia ser a verdade
Que todos andam a achar e que não acham,
E que só eu, porque a não fui achar, achei.
»
(Alberto Caeiro - O Guardador de Rebanhos)
Horários trocados fazem-me ir para a cama exausta! Depois, sem hora para levantar, acordo exausta de estar deitada. Paradoxos da vida... Amanhã, já de folga, espero reequilibrar os sonos e os cansaços. E esperar por um dia assim como o do poema.
Primeiro,
chegada já de noite,
céu muito cinzento,
uma chuva infindável,
um quase dilúvio,
um parque de campismo quase infinitamento mau,
lama, muita lama.
Dormir e esperar que passe!
Depois,
céu azul.
A bonança!
A cidade lá em baixo...
Um parque que já nem parecia assim tão horrivel à luz do dia.
chegada já de noite,
céu muito cinzento,
uma chuva infindável,
um quase dilúvio,
um parque de campismo quase infinitamento mau,
lama, muita lama.
Dormir e esperar que passe!
Depois,
céu azul.
A bonança!
A cidade lá em baixo...
Um parque que já nem parecia assim tão horrivel à luz do dia.
Mapa na mão.
Ocre e salmão por todos os lados.
Ruas muito estreitas.
Talvez alguma sujidade.
Um mar azul.
Uma multa de estacionamento.
Calor, calor.
Roupas a secar ao sol.
Fachadas magestosas.
Janelas e portadas apaixonantes (será um vício fotografar janelas?)
Monumentos belíssimos.
Escadarias.
O porto.
Estátuas com expressões doces.
Génova foi assim.
Ocre e salmão por todos os lados.
Ruas muito estreitas.
Talvez alguma sujidade.
Um mar azul.
Uma multa de estacionamento.
Calor, calor.
Roupas a secar ao sol.
Fachadas magestosas.
Janelas e portadas apaixonantes (será um vício fotografar janelas?)
Monumentos belíssimos.
Escadarias.
O porto.
Estátuas com expressões doces.
Génova foi assim.
Gosto de estradas com o mar ao lado. Gosto de azul, de quase todos.
Gosto de espreitar este blog, e este. Gosto muito destas fotografias, mesmo! E destas receitas.
Gosto de me deitar tarde.
Gosto de massagens nos pés.
Gosto de morangos frescos.
Gosto de dias nublados e frescos como o de hoje!
Gosto de ver crescer este blog...
Mais um tema na página Poesia + Fotografia que partilho com a Andreia.
Mais um mês, uma nova fotografia e um novo poema.
A minha fotografia foi tirada em Veneza, ao final do dia, já com uma terrível dor de pernas mas um enorme sorriso.
Mais um mês, uma nova fotografia e um novo poema.
A minha fotografia foi tirada em Veneza, ao final do dia, já com uma terrível dor de pernas mas um enorme sorriso.